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Pesquisadores da Universidade Martin Luther Halle-Wittenberg (MLU) na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal do Pará, desenvolveram uma alternativa mais ecológica ao cimento convencional.
O estudo foi publicado em agosto na revista científica Sustainable Materials and Technologies, e mostra que as emissões de dióxido de carbono (CO2) podem ser reduzidas durante a produção do cimento em até dois terços utilizando a estratégia dos pesquisadores.
A alternativa produzida foi considerada tão estável quanto o cimento Portland tradicional, e se mostra promissora na busca pela sustentabilidade das construções.
Casas, fábricas, escadas, pontes, barragens – nenhuma dessas estruturas pode ser construída sem cimento.
Segundo estimativas, quase seis bilhões de toneladas de cimento foram produzidas em todo o mundo em 2020.
O cimento não é apenas um importante material de construção, mas também é responsável por cerca de 8% das emissões de CO2 de origem humana.
“O cimento Portland é tradicionalmente feito com várias matérias-primas, incluindo calcário, que são queimados para formar o chamado clínquer”, explica o professor Herbert Pöllmann do Instituto de Geociências e Geografia da MLU. “No processo, o carbonato de cálcio é convertido em óxido de cálcio, liberando grandes quantidades de dióxido de carbono.” Como o CO2 é um gás de efeito estufa, os pesquisadores vêm procurando alternativas ao cimento Portland há vários anos.
Uma solução promissora é o cimento de sulfoaluminato de cálcio, no qual uma grande parte do calcário é substituída por bauxita. No entanto, a bauxita é uma matéria-prima muito procurada na produção de alumínio e não está disponível em quantidades ilimitadas.
Junto com mineralogistas brasileiros, a equipe da MLU encontrou agora uma “alternativa para a alternativa”: eles não usam bauxita pura, mas sim um estéril: argila Belterra.
Mesmo que o cimento não possa ser totalmente produzido sem carbonato de cálcio, pelo menos 50 a 60 por cento do calcário pode ser substituído por argila Belterra.
Outra vantagem ambientalmente relevante do novo processo, é que a queima requer apenas 1.250 graus Celsius, 200 graus menos do que para o cimento Portland. “Nosso método não só libera menos CO2 durante a conversão química, mas também no aquecimento dos fornos rotativos”, diz Pöllmann. Ao combinar esses efeitos, as emissões de CO2 podem ser reduzidas em até dois terços durante a produção de cimento.
Em extensos testes de laboratório, os mineralogistas puderam provar que seu cimento alternativo atende a todos os requisitos de qualidade impostos ao cimento Portland tradicional.
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Fonte: Mason Equipment